quinta-feira, 16 de julho de 2009

Suplemento alimentar enriquece a dieta dos idosos


Após os 60 anos o corpo perde várias substâncias que agora podem ser repostas por um suplemento alimentar desenvolvido por pesquisadores brasileiros.

Chocolate, baunilha, morango... Sabores especiais para melhorar a saúde de quem já passou dos 60 anos! O suplemento alimentar, desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, pode ser usado na massa de pães e bolos. Ou simplesmente misturado com água ou leite.

O sabor é semelhante a de outros suplementos com soja na composição. O produto tem ainda proteína animal, fibras, vitaminas, minerais, baixo teor de gordura e sódio.

Entre os minerais, o cálcio se destaca. "Nossa preocupação maior era com a saúde óssea, já que a população idosa tem geralmente problemas dessa natureza. Então por isso, o suplemento tem uma concentração grande de cálcio”, diz Neuza Costa, nutricionista.

O produto tem outros minerais que também são bons para os ossos: o zinco e o magnésio. Já o ferro ajuda a prevenir anemia. Outro componente importante no suplemento é a imulina, que aumenta absorção dos minerais e ajuda o sistema imunológico. As vitaminas A, C e E combatem o envelhecimento e doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

A quantidade recomendada do produto é de 30 gramas por dia, que equivalem a três colheres de sopa. "Essa dose vai fornecer 30% das necessidades diárias de todas as vitaminas e minerais. Essa dose fornece 80 quilocalorias, ou seja, não é um alimento de alta densidade energética", declara Emanuel Faria, engenheiro de alimentos.

O suplemento foi testado com sucesso em camundongos. Eles absorveram bem os nutrientes e ficaram saudáveis. Agora, o teste será feito em um grupo com idade entre 65 e 75 anos. O objetivo é verificar as propriedades funcionais como o controle da hipertensão, glicose e colesterol.

Mas segundo a nutricionista Neuza Costa o suplemento já pode ser consumido por seres humanos. "São todos ingredientes conhecidos, consumidos regularmente. Então, mesmo sem ter essa pesquisa concluída, a gente já pode afirmar que é um produto de alta qualidade. O que a gente não pode ainda é acrescentar no rótulo os efeitos funcionais. Pra isso, a gente precisa da pesquisa clínica com os humanos", declara Neuza Costa, nutricionista.

Uma indústria de alimentos de Viçosa já entrou com pedido de registro do produto. Mas atenção, antes de fazer uso de qualquer tipo de suplemento deve ser acompanhado por um médico.

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