terça-feira, 7 de abril de 2009

A PESSOA IDOSA COM DEPENDÊNCIA QUÍMICA: IMPACTOS FAMILIARES

A PESSOA IDOSA COM DEPENDÊNCIA QUÍMICA: IMPACTOS FAMILIARES
O que é droga?
Usamos remédios. Para o senso comum são drogas, no entanto, há outros significados para esta palavra. Droga é a substância que causa dependência, o seu uso torna-se indispensável.
Exemplo de drogas: álcool, cigarro, maconha, heroína, LSD, benzodiazepínicos (medicamento para ansiedade ou induzir o sono, xaropes antibióticos etc.). Drogas lícitas são as socializadas, permitidas por lei, liberadas para a comercialização, porém, há um controle governamental. Na carteira de cigarros está escrito: o ministério da saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde. Contem fotografias de pessoas enferma devido à nicotina.
A recente lei seca procura controlar o uso do álcool, tentando reduzir o acidente de transito. O resultado foi imediato diminuiu até o número de morte.
Drogas ilícitas são proibidas por lei, traficadas ilegal as principais são: maconha, cocaína, crack, LSD, inalantes, heroína, morfina, chás de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio.
Elas são causadoras da violência entre os traficantes. As maiorias das drogas são naturais, cada tipo provoca varias patologias.
Um pouco de histórico
O uso de drogas pela humanidade não é recente, pois sempre foram usadas para várias finalidades. Os chineses já usavam ópio há milênios, assim como os árabes usavam haxixe. Os antigos egípcios já conheciam o uso de bebidas alcoólicas.
Na antiguidade, drogas naturais eram usadas como remédios, em homenagens aos deuses, em rituais sagrados. Na idade média, houve repressão ao uso, mas na idade moderna, sobretudo apartir do século XVI, o uso de droga entrou em nova fase: na era das navegações, os europeus entraram em contato com o multiculturalismo (principalmente na colonização do continente americano. A cocaína era usada pelos nativos dos Andes. O tabaco era usado pelas tribos indígenas da América do Norte. O haxixe com os árabes e o ópio no extremo oriente. A Europa importou-as passando a usar como tônicos, fortificantes e remédios. No século XIX ocorreram as preocupações com os problemas das drogas. Hoje existem cada vez mais pesquisas sobre a dependência e suas conseqüências.

Classificação das drogas
Depressoras: o álcool, os inalantes, (cola, esmalte), os ópios, (ex. heroína). Normalmente provocam lentidão e sonolência.
Estimulantes: cocaína, nicotina, as enfetaminas. Provoca agitação, euforia, excitação.
Alucinógenas: a maconha e o LSD causam alucinação, a pessoa ouve vê vozes, tem visões.
1. A dependência química na pessoa idosa é mais comum álcool e fumo. Nos adultos jovens, futuros idosos existem um maior número de drogas ilícitas; é difícil chegar a terceira idade.com perfeita saúde devido ao abuso do tóxico. A maioria deles pode morrer antes dos sessenta anos. Existem inúmeras variáveis que levam a pessoa idosa ao consumo das drogas:
2. Fator cultural, como: festa popular, influência dos amigos etc.
3. Hereditariedade
4. Busca de novas sensações
5. Abandono
6. Stress
7. Esperança de combater dores morais. (calúnia, decepção, traição etc.)
8. Profissões (médicos, farmacêuticos, enfermeiros, motorista noturno).
Efeitos orgânicos
O idoso é mais debilitado, frágil seu organismo absorve mais rapidamente as patologias provocadas pela dependência química: o álcool provoca delírio, delírio de ciúmes, depressão do sistema nervoso central, alteração da arquitetura do sono, com diminuição do sono REM. AVC, hipertensão etc.
Intoxicação aguda do álcool: uso nocivo há sintomas de euforia leve, evoluindo para a tontura, ataxia, e incoordenação motora, passando por confusão, desorientação atingindo graus variáveis de disartria, anestesia, vômitos podendo chegar ao estupor, coma, depressão respiratória, morte.
Alcoolismo crônico: é o uso habitual, podem surgir síndromes psicopaticas, delírios alcoolismo, delírio de ciúme, epilepsias alcoólicas, delírio de tremes, confusão mental alcoólica e demência alcoólica, cirrose hepática, etc.
Síndrome da abstinência do álcool: tremores, suor, irritabilidade etc.
O tabaco é um problema de saúde publica. A expectativa de vida de um indivíduo que fuma muito é 25% menor que a de um não fumante. Entre vinte e cinco doenças causadas por fumo , todas são causadoras de morte: doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias, tumores , doença pulmonar, etc.
Efeitos dos benzodiazepínicos
Eles possuem cinco propriedades farmacológicas, são sedativos, ansiolíticos, relaxantes, musculares e anticonvulsivantes. Os principais efeitos colaterais incluem: sonolência exerssiva, piora da coordenação motora fina, piora da memória, tonteira, zumbidos, quedas e fraturas, riscam de dependência. OS sintomas da síndrome de abstinência começam progressivamente. Dentro de dez dias após a parada de benzodiazepínicos.Pode haver tremores, sudorese, náuseas, vômitos, cefaléias, dores musculares, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, prejuízos de memória, delirium, alucinação, convulsões.
Abordagem do usuário de drogas numa instituição de tratamento
Baseada na entrevista executada por duas integrantes da equipe no dia 13 de Março de 2009, seguiremos os passos dado por um usuário de drogas em uma das instituições de tratamento na cidade do Recife, CPTRA, Gerenciado pelo Psicólogo – Reginaldo Falcão Jr.
1º PASSO:
O usuário pode chegar ao CPTRA, de diversas formas:
- Espontaneamente, ele procura o serviço pedindo ajuda para se livrar das drogas sozinho;
- Acompanhado por algum familiar, muitas vezes ele não consegui procurar essa ajuda sozinho e um familiar o acompanha; ou sob ameaça da própria família em abandoná-lo, em denunciá-lo, em expulsa-lo de casa e entrega-lo a própria sorte.
- Através de uma ordem judicial - quando ele já praticou algum delito e o Juiz determinou o - tratamento;
- Encaminhado pela escola;
- Encaminhado por postos de saúde ou outros serviços;
- Encaminhado pela empresa que trabalha, sob ameaça de perder o emprego.
Ainda na recepção são coletados dados referentes à demanda do usuário e do seu território de origem. Em seguida é feito uma inscrição por ordem de chegada do mesmo, para passar por uma triagem médica.

2º Passo
Essa triagem é feita por um clínico geral, que fará uma avaliação clínica do estado geral do usuário, com a finalidade de guiá-lo para o devido encaminhamento que pode ser:
- Desintoxicação domiciliar;
- Desintoxicação na própria instituição ou desintoxicação hospitalar nos casos mais graves.
- Controle de hipertensão arterial;
- Exames laboratoriais;
Agendamento da entrevista adicional ao tratamento em grupos ou acolhimento.
3º Passo
A entrevista de admissão é realizada por qualquer técnico e tem como objetivo coletar mais informações sobre o usuário, avaliar sua motivação e orientá-lo detalhadamente sobre a forma de funcionamento e normas do serviço.
O usuário é atendido preferencialmente com um familiar ou pessoa de referência da comunidade. Ambos participam da leitura de um Termo de Compromisso e junto com o técnico assinam ao final. Uma cópia é dada ao usuário e a partir daí o usuário já pode participar das atividades.
A Dependência química leva ao adoecimento familiar
De acordo com a literatura lida, observa-se que a família de um dependente químico adoece junto com ele.
Segundo o escritor Leon Tolstoi, “Todas as famílias que são felizes são todas iguais, mas cada família que é infeliz, o é a sua própria maneira.”
Devido o preconceito que cerca os usuários de drogas, a ignorância sobre o tema; a falta de recursos financeiros são fatores que podem levar seus familiares a negar; a esconder; a isolar-se; o que dificulta o tratamento do usuário e da própria família, devido a não aceitação tanto do problema quanto de ajuda, tornando-se co-dependentes.
Os co-dependentes químicos são aquelas pessoas que está emocionalmente ligado e oferece seus sentimentos e sua vida para "proteger seu dependente", visando impedir que comportamentos anti-sociais tornem-se transparentes, ele pode ser co-dependente de um ou mais dependentes químicos. Essas pessoas têm a maior dificuldade em pedir a aceitar ajuda. Geralmente é o familiar, o colega de trabalho, o chefe, o amigo, ou vizinho, que procuram remover as conseqüências dolorosas do abuso de drogas do dependente, com a intenção de minimizar ou de esconder o ocorrido, facilitando a vida do dependente químico. Esses fatores acabam por levar os co-dependentes a adquirir hábitos e comportamentos de um dependente químico/adicto.
Como conseqüências dessas atitudes levam essas famílias à desestruturação familiar que pode ser uma separação/divorcio; dificulta o relacionamento dos filhos, quando não são rompidos; assim como dificulta ou o impede de envolvimento com novos relacionamentos.
Conseqüentemente esses usuários são levados a problemas profissionais, tanto de relacionamento profissional como até de desemprego, o que acarretará na desestruturação de seu convívio social junto a seus amigos também.
Todos esses fatores consiguinados levam o usuário a problemas financeiros, como endividamentos que conseqüentemente os velam a pequenos furtos ou até mesmo a cometeram delitos graves, como assaltos seqüestros entre outros.
Tratamento junto a familia
Esse tratamento no CPTRA ocorre da seguinte forma:
As modalidades de tratamento
Intensivo (I e II);
Semi Intensivo (grupo operativo semanal nos turnos da manhã ou tarde; Grupo Cidadão; Semi Intensivo Noturno [3 vezes na semana]; Grupo de Tabagismo);
Não Intensivo (grupo operativo quinzenal ou mensal).
Obs – Como método nesta apresentação percorrer-se-á o circuito de um usuário indicado inicialmente para o Intensivo II.
Intensivo II
Modalidade que tem como objetivo principal atender usuários com dificuldades de se manter em abstinência e que são indicados para permanecer em espaço protegido durante todo o dia afim de diminuir o risco de recaída.
Intensivo II
Funcionamento:
* Segunda à sexta (7 h às 17:30 h);
* Duração Média de 2 a 3 meses;
* Lotação máxima: 17 usuários;
Intensivo III
Os usuários do Intensivo II participam das seguintes atividades:
* Grupo operativo; * Educação
* Terapia Ocupacional; Física;
* Atendimento Clínico/Psiquiátrico;
* Limpeza dos Materiais e as áreas que eles utilizam; etc.
A passagem de modalidade
Semanalmente a equipe técnica se reúne para discutir a evolução dos usuários. Tendo apresentado sinais de melhora no estado geral, consciência dos prejuízos da droga e interesse em atividades que contribuirão para o resgate de sua autonomia, é discutido com o usuário a mudança de modalidade. Normalmente ele passa para o Intensivo I ou tem sua permanência renovada.
Intensivo I
Funcionamento:
* Segunda à sexta (7 h às 12:30 h);
* Duração Média de 1 a 2 meses;
* Lotação máxima: 17 usuários;
A grade terapêutica do I é semelhante a do II, apenas com menor duração.
Obs.: a passagem do I para o semi intensivo também se dá a partir das discussões da equipe que consideram a evolução do usuário (maior tempo de abstinência, envolvimento com outras instituições, organização da vida familiar etc.)
Semi Intensivo
G.O. Semanal – Funciona através de uma reunião com duração de 1h. Neste grupo são discutidos temas livres a partir do interesse dos participantes.
Cidadão
Funciona nas quintas, no turno da manhã e é focado no conhecimento e visitação de instituições de trabalho, educação e lazer. O usuário é vinculado neste grupo e a outro G.O. semanal.
Tabagismo I, II* e Manutenção – Funcionam através de uma reunião semanal nas segundas, terças ou quintas (18:00h – 19:30 h). O programa tem duração de um ano.
*A inscrição nestes grupos é feita diretamente através do número 3441 9244.
O não-intensivo é o mesmo grupo operativo, só que com freqüência quinzenal e mensal.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA NO IDOSO
Impacto Familiar
Sabemos que a família é o primeiro e principal núcleo social, é onde aprendemos: valores, comportamentos, hábitos, a expressar os nossos sentimentos, onde vivemos nossas primeiras experiências e relações sociais.
Podemos dizer que a família é um espaço de afeto e de conflitos e que exerce importantes funções sociais.
Como patriarca da família precisa ter
a) Vínculos afetivos;
b) Ser ativo e participar;
c) Ser colaborador
d) Respeitar as regras de convivência;
e) Ser solidário;
f) Ter compromisso com a família.

Pois é na família que se trava e se resolve conflitos
Um dos maiores problemas enfrentados atualmente na família é o sentimento de impotência, o despreparo e as condições psicológicas para lidar com o idoso dependente químico.
Sabemos que a cada dia cresce o número de casos em que o idoso se responsabiliza pela manutenção de suas famílias que lhe concede o poder de status e provedor. O idoso como chefe de família tem como principal fonte de renda a aposentadoria. É desta aposentadoria que ele tira o seu sustento em torno de medicamentos e as despesas da família. Entretanto, as aposentadorias e pensões pagas pela previdência social acabam atendendo não só aos mais velhos, como também aos seus familiares, sendo que na maiorias das vezes esses benefícios é de 01 (um) salário mínimo e é com este pouco dinheiro é que muitas famílias resistem à pobreza e sobrevivem.
Às vezes, a família tem dificuldade em aceitar os limites estabelecidos pela idade e, muitas vezes, esse limite implica em buscar ajuda que poderia minimizar obstáculos trazidos pela velhice e oportunizar condições próprias a cada situação que deriva do processo de envelhecimento.
A educação para o envelhecimento pode ser uma alternativa para viver a velhice com dignidade e a busca de uma velhice saudável e ativa pode ser uma solução, e o que é mais importante é que esta educação para o idoso seja integrada com a família.
Como é formado o impacto entre a família e o idoso com dependência química?
Quanto ao modo como é formado o impacto entre a família do idoso, pode classificar quanto a questão social em idoso pobre e abandonado que vive nas ruas e o idoso que tem uma estrutura familiar e uma boa aposentadoria.
Quanto ao idoso de rua ou morador de rua, podemos dizer que é a própria imagem da desumanização, isto é muito comum nos grandes centros urbanos e nos desafia na busca da compreensão. Apesar da geriatologia nos dar uma perspectiva interdisciplinar para a cmpreensão de diversos fatores biológicos, psicológicos e sociais relacionados a terceira idade baseados nestes princípios, pode-se afirmar que é preciso entrar na história desses idosos de rua para saber com profundidade as raízes de seus problemas, a origem familiar, como foi a sua vida regressa, etc.
O tratamento e a prevenção
Existe tratamento para dependência química? Sim, existe tratamento, apesar de não haver cura; uma pessoa que tenha tido diagnóstico de dependência alcoólica, pode voltar a beber descontroladamente, mesmo após anos sem beber! Daí a necessidade de um tratamento, em que ela aprenda a viver de forma mais saudável, sem a bebida.
Não existe um tratamento único; todos os problemas que o indivíduo usuário de drogas desenvolve ao longo do tempo devem ser tratados concomitantemente por uma equipe de profissionais qualificados: médico psiquiatra, médico clínico geral, psicólogo, enfermeiro, e assim por diante. Uma só pessoa terá dificuldade em tratar o paciente. As condutas devem ser personalizadas, em acordo com as necessidades de quem procura o tratamento.
O tratamento não é fácil, não existem milagres: a grande maioria das pessoas que apresenta problemas pelo uso de drogas quer uma internação, que não vai resolver um problema crônico como a dependência; ou uma medicação para, por exemplo, parar de usar cocaína ou parar de beber. Essa medicação mágica não existe; caso contrário, o tratamento seria fácil e rápido. As pessoas devem lembrar que o tratamento da dependência química não é como o tratamento de uma pneumonia, que pode ser curada rapidamente com antibióticos.
O tratamento é longo, e será tanto melhor se outras pessoas além do usuário de drogas participarem (familiares, amigos, e assim por diante). É na maioria das vezes, muito difícil, senão impossível, parar sozinho! Esse modelo de tratamento é um dos modelos baseados na reabilitação do dependente químico, é denominado Modelo Minnesota, pois foi desenvolvido nesse Estado Americano.
Apesar de o tratamento ser difícil, ele é possível, e pode haver melhora da vida do indivíduo (ela pode voltar ao emprego, pagar as dívidas...) e de seus familiares. Conseguir isso sempre vale a pena!
É importante ressaltar que se trata de mudar o comportamento e o estilo de vida, o que é muito difícil, e isso não dependerá apenas da vontade do paciente. As recaídas fazem parte do tratamento, e se o indivíduo recai, isso não significa que o tratamento não funciona, mas que as estratégias do tratamento podem ser revistas.

O tratamento das complicações clínicas
Como já foi visto, o álcool e as outras drogas podem provocar várias doenças agudas ou crônicas, algumas delas potencialmente fatais, como infarto, derrames, depressão respiratória, e assim por diante. Essas doenças devem ser tratadas por um clínico especializado, e conforme o tipo de problema e a gravidade, em Pronto Socorro ou em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Tipos de tratamento em dependência química
Vimos então que o tratamento da dependência química é feito no sentido da reabilitação do dependente químico, por meio de uma equipe multidisciplinar, que leve em consideração as necessidades de cada paciente em particular. Já na primeira consulta, o médico orienta seu paciente sobre algumas estratégias básicas, que deverão ser seguidas ao longo do tratamento; e que a internação deve ser feita em algumas situações específicas.
Há basicamente dois tipos de tratamento para a dependência química: o tratamento medicamentoso e as psicoterapias como verão a seguir.
O tratamento medicamentoso
Os tratamentos medicamentosos para dependência química foram desenvolvidos nas últimas décadas, para ajudar no tratamento da doença. Entretanto, não existe remédio milagroso que cure a dependência! Uma droga ideal para combater a dependência química reduziria a “fissura” pela droga, bloquearia seus efeitos e não teria efeitos colaterais, o que obviamente, não existe. O remédio deve ser usado sempre em conjunto com outros tratamentos. As medicações podem agir de várias maneiras:
1. Aversiva: essa medicação provoca, quando, usada com a droga, mal estar, de modo que o indivíduo não vai querer usar a droga novamente. Ex: dissulfiram, usado no tratamento da dependência alcoólica;
2. Substitutiva: essa medicação age no Sistema Nervoso de forma parecida com a droga, agindo como um substituto, mas é menos tóxica. Exemplo é a metadona, usada no tratamento da dependência de opióides.
3. Cortando os efeitos da droga: exemplo é o naltrexone, que corta os efeitos do álcool e dos opióides.
Os estudos nessa área são cada vez mais numerosos; para algumas drogas, como a cocaína, infelizmente, nenhum remédio se mostrou eficaz até agora!
A psicoterapia
Existem vários tipos de tratamento psicoterápico, sendo que a psicoterapia pode ajudar muito, sobretudo se associada à medicação. As psicoterapias podem melhorar o tratamento e a qualidade de vida do indivíduo dependente. São elas:
Terapia cognitivo - comportamental
Como o próprio nome diz, essa terapia ajuda na mudança de pensamentos (cognições) e comportamentos do dependente em relação às drogas de abuso. A terapia comportamental parte do princípio de que o uso de drogas é um comportamento aprendido, e que o indivíduo pode “desaprender” a usar a droga, se mudar seu comportamento: enfrentar os momentos de “fissura”, não procurar outros usuários, fazer o diário para evitar recaídas, procurar outras alternativas de prazer (trabalho, ouvir música, etc). Na terapia cognitiva, procuramos corrigir os pensamentos automáticos que o indivíduo tem (ex. “já que o dia foi ruim, vou usar drogas para compensar”). Isso tudo pode ajudar na abstinência, e na medida em que o indivíduo consegue ficar sem usar, já pode reorganizar sua vida.
Terapia de grupo
Na terapia de grupo são discutidos aspectos da dependência química entre o terapeuta e os pacientes do grupo. O usuário percebe que não está sozinho, e pode aprender novas maneiras de lidar com sua dependência pela discussão em grupo.
Terapia familiar
Pode ser aplicada devido ao fato de que muitas vezes, a família não sabe lidar com o problema da dependência, sofre muito por ter um dependente de drogas em casa e recrimina o dependente, que fica isolado da família e é sempre tratado como o culpado por tudo que acontece de ruim, o que, obviamente, não é verdade. O maior problema é que, quando a família recrimina o dependente, ela reforça uso da droga por ele (essa situação é chamada de co-dependência), e cada vez menos o indivíduo se sente capaz de parar as drogas, e na maioria dos casos nega o problema. A terapia ajuda a família a assumir um papel importante no tratamento do dependente, reforçando as orientações médicas e apoiando o paciente em suas dificuldades. Afinal, amigos, família e qualquer um que queira ajudar no tratamento são fundamentais, pois como já foi dito, é muito difícil parar as drogas sozinho! Essas pessoas devem ser adequadamente orientadas, pois não basta querer ajudar, é preciso aprender como ajudar.
Psicanálise

Terapia de longo prazo, que ajuda o paciente a resolver conflitos inconscientes que o levam a usar drogas, auxiliando a resolver sua impulsividade, sua intolerância à frustração e sua falta de limites em relação aos outros.

INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA INSERÇÃO NO TRATAMENTO CPTRA
Telefones: 3441 92 44 / 3232 4330
End.: av. Rosa e Silva 2130 (próx. Hosp. Tamarineira)
Triagem: seg, ter, quin e sex-
15h às 17:30h
Contatos:
Gerente Clínico – Reginaldo Falcão Jr
drfalcao@yahoo.com.br

Prevenção
A educação preventiva deveria ser mais divulgada, pois, como expressa o senso comum, prevenir é melhor do que remediar. Há idoso que é independente por ser saudável, ter uma situação econômica elevada etc. Para esses, é necessário a realização de projetos sociais, participação em trabalhos no qual se sinta útil. Ocupar o tempo com algo do seu interesse. Apóio familiar, lazer, cultura etc. Esses fatores são preventivos para o uso de drogas na pessoa idosa. O idoso menos favorecido economicamente pode ter uma vida mais tranqüila com a ajuda familiar, amor, união, respeito etc. Esses valores imateriais é o melhor remédio para a pessoa idosa viver feliz, em paz, realizado no meio da família, esta seria uma prevenção eficaz.
O idoso que vive abandonado é mais complicado, porém, existem movimentos não governamentais que dão apóio como, por exemplo, os serviços sociais das igrejas.
Outros tipos de prevenção
- Manter a pessoa idosa distante de amigos que possam influenciar o uso de drogas.
- Ter sempre um cuidador que preencha o tempo da pessoa idosa para evitar solidão.
- Ter um bom vincula familiar, selecionar amigos.
- Fazer higiene mental.
- Proporcionar alegria e bem estar à pessoa idosa.
- Participar de alguma instituição como igrejas, clubes da terceira idade etc.
- Se na família do idoso tiver algum usuário de drogas, alguém deve proteger o idoso ao máximo de desse problema.
- A terapia ocupacional.
- Incentivar trabalhos manuais, principalmente nas mulheres. 
Conclusão
Em geral, o abuso de drogas é relacionado à juventude. Estudos mostram o avanço do consumo cada vez maior substâncias lícitas, ou ilícitas entre usuários cada vez mais novos. Mas, quando a dependência química é relatada nas pessoas idosas, o cenário também se mostra desolador. Cabe ressaltar como o aumento do alcoolismo em pessoas idosas vem aumentando.
As complicações clínicas e sociais causadas pelo consumo de tais substâncias são hoje um problema de saúde pública em idosos brasileiros. Não há política específica de atendimento ao dependente idoso na rede pública de saúde. Portanto, faz-se necessário a implantação de políticas públicas de atenção integral, dentro de uma perspectiva de trabalho multi e interdisciplinar, contribuindo assim para o aumento da expectativa e uma melhor qualidade de vida.  
Referências
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